terça-feira, 30 de agosto de 2011

Culpa minha



Ando me sentindo a pessoa mais estúpida do mundo nos últimos dias, e a culpa disso... Não é sua. Isso mesmo, a culpa é única e exclusivamente minha. Se eu não fosse tão errada estaria todo mundo bem agora, mas eu sou assim, toda errada. Eu podia ter te mostrado de uma vez que tenho sentimentos, eu podia ter mostrado de uma vez que amo seu perfume, que adoro a cara que você faz quando eu to muito boba, que seu ciúme me fazia pensar que eu era importante, que nunca gostei daquele seu amigo que sempre estava no seu pé. Podia ter dito que senti saudades, que não me arrependi de estar com você em nenhum dia, que só te dei um bolo naquele dia porque eu não tava bem, que não me interessa aquele cara certinho. Eu devia ter tido cuidado nas palavras, eu devia ter ido atrás de você. Sei que se eu tivesse feito isso seria tudo diferente, eu não teria te perdido, não teria a idéia de que não vou mais te ganhar. Mas eu sei os se’s não me levam a lugar nenhum e que você não é mais meu. Não vou chorar nem encher as minhas amigas porque eu não sou disso, não vou mais correr atrás de você porque já passou do tempo, mas eu vou continuar a me sentir a pessoa mais estúpida do mundo, pelo menos por um tempo, que eu sou filha de Deus, sinto como todo mundo e tenho direito de curtir a minha fossa.

domingo, 21 de agosto de 2011

O amor mais bonito



No instante que me iludo, é quando você me esquece. Quando volto à tona, você mergulha nos meus olhos. Se eu te roubo rosas vermelhas, você faz "bem-me-quer". Quando hesito, é quando você já está na estrada.
Se me perco no teu beijo, você fica tentando encontrar um caminho. Quando me encho de receio, você me diz estar pronta. Eu te ponho em xeque-mate, você me diz que cansou de jogar. Quando não quero me machucar, você me telefona no meio da noite.
Eu vejo o sol nascer no mar, você se preocupa em não molhar os pés. Quando eu não durmo, é quando você sonha loucuras sobre nós dois. Quando sinto teu gosto na minha boca, você pede economia nos clichês. Se não quero parecer patético, você se diz um poema apaixonado.
Eu quero parar o tempo, você procura seu relógio embaixo da cama. Quando me escondo, é quando você me quer em cima de você. Se apresso meu passo na sua direção, você engata a marcha ré. Quando reuno meus pedaços, você dá o coração para bater.
Eu deito no seu colo, você se preocupa em fechar a janela. Quando me poupo, é o instante que você se dá de graça. Se ando em alta velocidade, você conta os níqueis pro pedágio. Eu perco as chaves, você insinua mudar pro meu apartamento.
Um amor físico, fatídico, real, raro e patente. Um amor que nasceu, mas nunca viveu. Um amor que aconteceu, mas não foi ocupado. Daquelas comédias românticas que ninguém tem tempo de rir, pois já começa pelo final. Os amores mais bonitos são aqueles que nunca foram usados.


Gabito Nunes