sábado, 30 de julho de 2011




"Dói lembrar de uma cena de nosso passado juntos, e não saber quando irá acontecer de novo;
Dói acordar e não poder te ligar pra dizer um bom dia e fazer com que o resto dele seja completo por causa disso;
Dói preparar, imaginar e programar coisas que não se sabe se vai acontecer;
Dói querer te dar um abraço e te acalmar nos momentos ruins, e ter que ficar inerte sem poder falar uma palavra de compaixão;
Dói te ver aí, longe daqui e de todo esse carinho, que explode dentro de mim pra você.
Dói te amar dessa maneira, e ter que escrever, ao invés de falar baixinhoao seu ouvido.

Incompreensão, mundo injusto, distância, medo, saudade, DOR !!

Mas...
O que é dor? Perto da imensidão do amor que sentimos..

O são controvérsias? Perto da vontade que temos de ficar juntos..

O que é saudade? Perto dos momentos que haveremos de ficar grudados..

O que são sonhos? Perto da realidade de nosso futuro juntos..

Eu tenho fé, que tudo de mais lindo nos aguarda, e que toda essa loucura é apenas um degrau para nosso encontro.

Enquanto você estiver comigo, enquanto eu ver um sorriso seu pra mim, eu serei a pessoa mais forte do mundo, pra te esperar, e te amar assim com toda essa intensidade, sem medo, apenas com uma vontade louca te ter ao meu lado um dia! Pra sempre..."

Analú Lemos

sexta-feira, 29 de julho de 2011



Adeus, meu amor, logo nos desconheceremos. Mudaremos os cabelos, amansaremos as feições, apagarei seus gostos e suas músicas. Vamos envelhecer pelas mãos. Não andarei segurando os bolsos de trás de suas calças. Tropeçarei sozinho em meus suspiros, procurando me equilibrar perto das paredes. Esquecerei suas taras, suas vontades, os segredos de família. Riscarei o nosso trajeto do mapa. Farei amizade com seus inimigos. Sua bolsa não se derramará sobre a cadeira. Não poderei me gabar da rapidez em abrir seu sutiã. Vou tirar a barba, falar mais baixo, fazer sinal da cruz ao passar por igrejas e cemitérios. Passarei em branco pelos aniversários de meus pais, já que sempre me avisava. O mar cobrirá o desenho das quadras no inverno. As pombas sentirão mais fome nas praças. Perderei a seqüência de sua manhã - você colocava os brincos por último. Meus dias serão mais curtos sem seus ouvidos. Não acharei minha esperança nas gavetas das meias. Seus dentes estarão mais colados, mais trincados, menos soltos pela língua. Ficarei com raiva de seu conformismo. Perderei o tempo de sua risada. A dor será uma amizade fiel e estranha. Não perceberei seus quilos a mais, seus quilos a menos, sua vontade de nadar na cama ao se espreguiçar. Vou cumprimentá-la com as sobrancelhas e não terei apetite para dizer coisa alguma. Não olharei para trás, para não prometer a volta. Não olharei para os lados, para não ameaçá-la com a dúvida. Adeus, meu amor, a vida não nos pretende eternos. Haverá a sensação de residir numa cidade extinta, de cuidar dos escombros para levantar a nova casa. Adeus, meu amor. Não faremos mais briga em supermercado, nem festa ao comprar um livro. Não puxaremos assunto com os garçons. Não receberemos elogios de estranhos sobre nossas afinidades. Não tocaremos os pés de madrugada. Não tocaremos os braços nos filmes. Não trocaremos de lado ao acordar. Não dividiremos o jornal em cadernos. Não olharemos as vitrines em busca de presentes. O celular permanecerá desligado. Nunca descobriremos ao certo o que nos impediu, quem desistiu primeiro, quem não teve paciência de compreender. Só os ossos têm paciência, meu amor, não a carne, com ânsias de se completar. Não encontrará vestígios de minha passagem no futuro. Abandonará de repente meu telefone. Na primeira recaída, procurará o número na agenda. Não estava em sua agenda. Não se anota amores na agenda. Na segunda recaída, perguntará o que faço aos conhecidos. As demais recaídas serão como soluços depois de tomar muita água. Adeus, meu amor. Terá filhos com outros homens. Terá insônia com outros homens. Desviará de assunto ao escutar meu nome. Adeus, meu amor.

Fabrício Carpinejar

quarta-feira, 27 de julho de 2011



Eu sei que você não me pertence, mas eu sou sua. Na verdade você não sabe que me pertence, mas é meu. Ninguém mais entende esse teu sorriso do que eu, e se pensa que entende é muito enganado. Aliás, o seu sorriso, o seu olhar, teu abraço, teu jeito de falar, é tudo meu. No meu mundo você é meu e tudo que pertence a você me diz respeito. Mesmo que você não fique sabendo nunca disso, mesmo que sempre me veja como aquela garota daquele dia que as vezes tem um papo legal. Não me importa. Não é mesmo errado ter você, faltam dedos para contar a quantas outras você pertence em silêncio, sobram pra contar quantas já disseram que são suas donas e você aceitou. Talvez seja essa a parte que me incomoda um pouco, saber que você tem uma dona no mundo que não é só meu. Dói, pra ser mais sincera. Mas essa dor também é só do meu mundo, e você também nunca vai saber da existência dela.

terça-feira, 19 de julho de 2011



“Passamos toda a vida nos preocupando com o futuro. Fazendo planos para o futuro. Tentando prever o futuro. Como se desvendá-lo fosse aliviar o impacto. Mas o futuro está sempre mudando. O futuro é o lar dos nossos medos mais profundos e das nossas maiores esperanças. Mas uma coisa é certa: quando ele finalmente se revela, o futuro nunca é como imaginamos”.

Grey's Anatomy

domingo, 17 de julho de 2011





Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma. Você pode voltar e nada ser como antes. Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso. Você pode sofrer por perder alguém. Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples: Da sua mãe te chamando pra acordar, do seu pai te levando pela mão, dos desenhos animados com seu irmão, do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural. Do cheiro que você sentia naquele abraço, da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver, e como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter. De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; Cuidado com o que anda desabafando; Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais); Antes só do que muito acompanhado; Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; Renunciar não quer dizer que não ame; Abrir mão não quer dizer que não queira; O tempo ensina, mas não cura.

Martha Medeiros

quinta-feira, 14 de julho de 2011





Pensando naquela vez que discutimos por conta daquele episódio de "Friends" que o Ross dorme com a garota do xerox e a Rachel descobre e fica puta, lembro da sua opinião poderando que eles realmente estavam dando um tempo e isso me deixou puto. Nas vezes que fiz você levantar ranzinza às sete das manhãs de sábado pra me abrir a porta.
No que estou pensando? Naquela interminável semana que sua menstruação falhou, e nas perguntas retóricas tipo "o que a gente vai fazer agora?" Pensando no dia que descobri que você curtia McFly e a minha decepção. Nos dias que não passávamos de amigos. Nas vezes que te deixei falando sozinha. Nos cheiros que você me dava no nariz, nos beijos que dei nos seus olhos. Nas suas sandálias pela casa, nas minhas toalhas molhadas sobre a cama. Em quando você prendia o lábio inferior com os dentes, tentando não sorrir porque achava que não devia estar sorrindo.
Dizem também que quando a gente morre, um filme atravessa seus olhos em poucos segundos e vai ver é por aí. Só estou pensando que a gente está deixando o amor escoar pelo esgoto, e essa conversa é uma espécie de azulejos claros, floridos e bonitos mascarando pra onde vai essa merda toda. Só estou pensando: por que mesmo um casal acaba?
Nada, nada, nada, nada, nada. Não estou pensando nada. Tenha uma vida boa. E não se sinta confortável em sair e entrar como se a casa ainda fosse sua, como se fosse difícil carregar tudo de uma só vez. O mais pesado você já levou.

Gabito Nunes

sexta-feira, 8 de julho de 2011



"Não, você não precisa ter o abdômen do mocinho da novela, afinal eu adoro meus peitos naturais que se mexem de leve quando eu corro e desaparecem um pouco quando eu emagreço demais. Acho até que posso ficar com sua barriga pra sempre, mas já faz tempo que não acompanho nem uma semana seguida de qualquer novela. Eu não quero que você me busque num super potente carro, eu só quero que quando você me beije, eu não deseje mais nenhuma força do universo. Estou pouco me lixando se o restaurante tem várias cifras no guia da Folha, mas gostaria muito que a gente esquecesse das mesas ao lado e risse a noite toda, eu até brindaria com água sem bolhinhas. Sério que tem uma pousada mega-master com ofurô em cima da montanha e charretes cor-de-rosa que trazem o café da manhã? Dane-se, se você conseguir passar, nem que seja algumas horas, encantado pela gente, essa será a maior riqueza que eu posso ganhar. Sim, a tecnologia é mesmo fantástica, só que hoje eu queria sumir com você para um lugar onde não pegue o celular, não pegue a internet, não pegue a televisão, mas que a gente, em compensação, se pegue muito. Sim, sim, música eletrônica é demais, celebrar a vida com os amigos é genial, pular bem alto é sensacional. Mas será que a gente não pode colocar um Cartola bem baixinho na vitrola e dançar sozinhos no escuro, só hoje? Será que a gente não pode parar de adjetivar o mundo e se sentir um pouco? Eu procuro você desde o dia em que nasci, não, eu não dependo de você nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado. Só que estamos com um problema: Vai ser um pouco difícil a gente se conhecer porque tenho evitado sair de casa. Eu não odeio mais as garotas em série e seus namorados em série, eu não odeio mais a sensação de que o mundo está perdido e as pessoas lutam todos os dias para se parecerem ainda mais com o perdido ao lado, se perdendo ainda mais. Eu não odeio mais quem cuida do corpo mas esquece da alma, quem cuida do cabelo mas esquece da mente, quem cuida da superfície mas faz eco por dentro, quem coloca um peito de silicone mas esquece de dar mais uma chance ao amor. Eu não odeio mais a galera feliz em pertencer a um mesmo barco que não vai a lugar nenhum. Eu só acho isso tudo muito triste e prefiro não ver. Eu prefiro não fazer parte da feira que compete pra ver quem tem a casca mais bonita. Voando eu sei que você não vem, até porque eu jamais namoraria um super-homem: Tenho horror a pessoas falsamente infalíveis. Não quero um homem que sempre vence, que sempre impressiona, que sempre salva e sorri impecável em dentes brancos e músculos ressaltados por um colan com as cores da bandeira americana. Você pode ter medo de monstrinhos imaginários e dormir com a porta trancada, pode ficar meio tristinho quando, numa festa cheia de amigos, lembrar que é sozinho no mundo, pode perguntar assustado no meio da noite “aonde você vai” mesmo sabendo que é só um xixi, pode até fazer piada com o seu medo de estar vivo, e pode, inclusive, ficar sério e quieto, de repente, por causa disso também. Não existe Orkut, não existe Messenger, não existe celular, não existe um supercelular que é máquina fotográfica, Orkut e Messenger ao mesmo tempo. Não existe o décimo quarto andar do seu prédio com 8 seguranças lá embaixo. Não existe a balada perfeita com 456 garotas iguais e programadas para te dar um amor levemente inexistente. Não existe esperar que a vida fique mais compacta, mais veloz, mais completa e mais fácil, assim como o computador. Existe essa coisa simples, antiga e quase esquecida pela possibilidade infinita de se distrair com as mentiras modernas do mundo. Existe o amor, mas onde ele foi parar depois de tudo isso? Eu não tenho um portão para te esperar, como minha avó um dia esperou pelo meu avô e eles ficaram juntos por 70 anos. Talvez eu também seja engolida por esse mundo que cria tantas facilidades para a gente não sofrer. Tenho medo de que tudo seja uma mentira e de verdade sinto que é, mas ainda acordo feliz todos os dias esperando que ao menos você seja verdade."

Tati Bernardi

domingo, 3 de julho de 2011




Não se perca de mim, é só isso. Não deixe que o tempo cumpra sua sina, trazer alguns, levar outros… Não faça com que isso se realize, fique aqui. Segure a minha mão bem forte, não solte, prometa isso pra mim. Ei, sem dedos cruzados dessa vez. De tempo em tempo faça com que eu sinta a sua falta, mas não me deixe cogitar a ideia de viver sem você. Faça o meu jogo, me ensine a jogar o seu. Quando eu estiver reinando, o que não será poucas vezes conte até 10 e respire fundo, não se afaste. Chegue mais perto, cada vez mais e me beije, ou apenas coloque as mãos sobre a minha boca me impedindo de falar demais, em seguida me abrace forte. Diga-me o quanto sou especial pra você, ou não diga nada, respire comigo e me ajude a entender alguns estranhos por quês. Aceite os meus convites para brincar na chuva. Faça lagrimas borrarem minha maquiagem de felicidade ao menos uma vez durante o tempo em que estivermos juntos. Não envie flores, elas ficam melhor nos quintais e praças pela cidade. Me ajude com os cálculos, me incentive a procurar coisas novas, me ajude a ter coragem, me leve para passear aos domingos. Me de um beijo de boa noite, ignore meus ciumes, insegurança não é meu forte. Ignore minha TPM, as dores de cabeça… Entenda o motivo de os esmaltes nunca durarem por muito tempo nas minhas unhas quando estou ao seu lado, nervosismo talvez. Me ofereça café, sorria sempre que eu pedir por favor, e saiba que seu sorriso é sim o mais lindo de todos. Deixa eu te olhar dormir, deixa eu te observar comer, andar, se vestir. Deixa eu rir de você, rir da gente, rir quando lembrar das muitas e boas historias que temos pra contar. Deixa eu pegar na sua mão, estralar seus dedos, desmanchar esses cabelos milimetricamente alinhados e arrumados. Deixa eu decifrar os outros poucos sinais do seu rosto que eu ainda não decorei. Me ame, me corresponda, seja meu e de mais ninguém. E se tudo isso for bobagem ou impossível de acontecer, fique mais um pouco aqui deixa eu cuidar mais um pouco de você. Só não se perca de mim…




Andrieli Moreira

sexta-feira, 1 de julho de 2011





Das duas, uma. Ou você leu meu manual de instruções ou você tem uma bola de cristal em perfeita sintonia comigo. Só pode ser. Porque não é possível alguém ser assim. Alguém que me trata como uma princesa. Que faz todas as minhas vontades. Que despenca de tão longe pra me ver por tão pouco. Não é possível alguém ser tão tudo de bom e fazer tão do jeito que eu gosto. Não é possível uma sintonia tão fina. Uma perna tão grossa. Uma cabeça tão macia. Eu sabia que esse dia ia chegar. E chegou como um samba de carnaval. Me arrancou do chão. Aumentou minha pulsação. Me levou junto. Eu sabia que um dia eu ia fazer tudo certo. E agora eu entendo porque. Porque agora todas as peças se encaixam e não falta mais nada. Você fez a aposta. Eu perdi. Perdi noites de sono em baladas frequentadas por garotas de saias e cabeças pequenas. Por playboys deslumbrados, com algum dinheiro e nenhum pedigree. Por corpos sarados e mentes doentes. Festas com muita pose e pouca atitude. Com convites que custam caro e pessoas que se vendem por tão pouco. Me perdi e não encontrei ninguém. Torrei meu dinheiro e minha paciência. Estourei meu cartão de crédito e, por pouco, não estouro meus tímpanos. Mas, quer saber? Cansei de música alta. Prefiro quando você fala baixo no meu ouvido. Prefiro ficar vendo os aviões brancos dando rasantes sobre nossos corpos tintos. Prefiro você suave. Prefiro o silencio dos seus olhos me dizendo que me ama. Prefiro sua voz de madrugada. Prefiro quando você se perde nas notas. Prefiro sua música, seu tom. Por você, eu dei uma nova chance a mim mesma. Eu dei minha cara a tapa. Por você, eu voltei a acreditar no amor adolescente e a ter calafrios na espinha. Por você, comecei a ter ciúme. Por você, posso largar música agitada e aprender a gostar de jazz. Por você, eu largo os vinhos baratos, os xampus caros e as roupas curtas. Porque quando você está dentro, não existe mais nada lá fora. O mundo acaba aqui, na gente. Porque você me faz tão sua. Porque você me faz tão eu.


Brena Braz